segunda-feira, setembro 25, 2006

Vitor Vilela


Finalmente terminando de ler minha revista zupi (é que eu tinha muita coisa pendente pra ler) eu me deparei com o link do portfólio do Vitor Vilela um designer e animador de personagens brasileiro. Com apenas 24 anos e trabalhando atualmente na Vetor Zero ele tem um daqueles portfólio que dá uma certa invejinha X). Primeiro pela sua idade e já tanto talento e trabalhos bacanas. Segundo pq os personagens que ele cria são muito legais tendo um traço cômico que me agrada muito. A qualidade das animações também não fica pra trás, casando muito bem com o estilo caricata dos personagens. Vendo seu portfólio recomendo que todos vejam seu reel e notei que ele participou de trabalhos para a Coca-Cola naquela promoção dos convocados, Evabyte do Fantástico dentre outros. Estou ancioso pra ver o seu projeto pessoa do mágico sair.
Finalizando, com certeza é muito legal ver brasucas tão novos já mandando tão bem, inspiração pra galera e exemplo de determinação.

Obs.: Confiram também seu blog http://vitorvilela.blogspot.com/ que como ele disse está desatualizado, mas vale a pena dar uma olhada.

sexta-feira, setembro 22, 2006

Adobe Acrobat 8


Para o lançamento do Acrobat 8 a Adobe fez um site que é praticamente todo em vídeo. A introdução é pra mim a parte mais bacana com uma boa produção e um forte apelo emocional. Já os outros vídeos são bem mais didáticos e simples. Apesar de não ter gostado da estética em geral (principalmente dos vídeos que tem um fundo muito do sem graça), o site usa esse rico recurso de uma forma simples e eficiente. Eficiente porque você não é obrigado a ver o vídeo todo para entender o que cada seção tem a falar já que no início de cada uma existe um pequeno texto explicativo.

Ps.: Eu não sabia que em um PDF dava (ou agora dá) pra fazer tanta coisa. Dá até pra bater papo! =D Tá, vejam os vídeos que vocês vão entender.

quarta-feira, setembro 20, 2006

Angel De Franganillo - Antiheroe


Cute, sujinho, motion, bonecos cabeçudos, animações com traçados que ficam tremendo, designer, ilustrador, animador, pintor, etc. Angel De Franganillo além de ser um artista multitarefal tem um trabalho apaixonante. Nacido em Leon, Espanha, lá fez escola de design gráfico depois se mudou para Barcelona onde fez curso superior de cinema, vídeo e tv. Talvez isso ajude a explicar um pouco de suas multiplas capacidades todas muito bem desempenhadas. Primeiro vou falar do seu blog (www.angeldefranganillo.es) que tem um conteúdo mais sem compromisso, experimental. Lá você acompanha suas ilustrações, animações e tudo mais que ele faz com um breve comentário de quais ferramentas ou técnica usou. Fala também sobre trabalhos em execução e meios que publicaram seus trabalhos como revistas, sites, etc. Nessa mesma linha tem também seu espaço no DeviantArt http://antiheroe.deviantart.com com vários trabalhos em exposição e mais informações sobre o cara. Em segundo vou falar do Antiheroe (www.antiheroe.com) que é um site mais sério e mais completo onde seus trabalhos ficam mais organizados. Tá, o site tem um problema sério de navegação que é a falta de divisão do subnível, ou seja, quando você clica na seção motion por exemplo já aparece o primeiro trabalho exposto e você tem que ficar clicando em next para ver os próximos trabalhos, ou seja, caso você queira ver o quinto trabalho, você tem que clicar em next 4 vezes. Uma solução simples para isso talvez seria uma galeria onde você pode escolher de uma forma não linear o item que você quer ver. Outro probleminha de navegação que também senti foi a funcionalidade skin, que é uma ferramentinha legal para mudar a cara do site e que pra mim não deveria ser um item de menu e sim uma ferramenta fora dele presente em todos as seções do site já com suas opções abertas. De qualquer forma acho que vale a pena ver todos os trabalhos em todas as seções. Nenhuma deixa a desejar.
Pra finalizar vou falar do Cutnejo Project, um projeto da Antiheroe que é basicamente o seguinte: você baixa um molde de um coelhinho para recortar, dobrar, imprimir, montar e personalizar. Daí além de ter seu coelhinho super style você ainda pode mandar a foto pro site. Coisa simples e muito legal.

terça-feira, setembro 19, 2006

A-ha

Vendo o histórico do blog reparei que ainda não tinha postado nada sobre animações 2D de verdade. Sem querer desmerecer as outras animações 2D, mas aqui me refiro aquelas bem estilão old school, feitas quadro-a-quadro, no maozão. Daí me veio a cabeça o bom e velho clip do A-ha – Take on me (1985) (pra quem não pode ver o youtube, assista um trecho do clip aqui). Alguns detalhes bem legais são que esse clip é a segunda versão assim como a música. A primeira é bem fraquinha, coloridona anos 80 e pode ser vista aqui. Outro detalhe é que o diretor da segunda versão, Steve Barron eu nunca tinha ouvido falar, apesar dele ter dirigido mais da metade dos clipes do A-ha ( mas ok eu não sou a maior referência de vídeo e de nomes de diretores que vocês devem conhecer =). Agora uma grande dúvida que eu tive ao ler o site do A-ha é que lá diz que o clip de Train Of Thought serviu de inspiração para Take on me e não ao contrário. Só que esse clip saiu em 1986 e o Take on me em 1985. Talvez foi feito antes e lançado depois, sei lá. Agora o bacana é que essa técnica começou como um projeto de arte escolar e acabou fazendo bastante sucesso.

O que me agrada muito nessa animação é que ela parece muito moderna pra época (1985). Ela é clean, mas é sujinha (não é limpinho como o clip de I wish I cared, que por sinal é bem ruizinho). Os preenchimentos não são uniformes, ficam tremidos, horas bem escuros, horas quase apenas o contorno e tem alguns rabiscos que ficam passando a todo momento em frente as imagens. Eu imagino que o clip todo foi filmado e depois pintado por cima. Um outro detalhe que me chamou muito a atenção são os ângulos e câmeras. Tem um instante em que a câmera passa em volta dos dois (imagem acima) em um movimento muito suáve e agradável. Resumindo, apesar das roupichas e dos cabelões anos 80 o clip é super moderno e muitíssimo bem excecutado. A história poderia ser um pouquinho menos blé, mas tá valendo. Infelizmente não descubri quem foi ou foram os ilustradores, de qq forma deixo aqui os meus parabéns.

Obs.: É realmente impressionante a quantidade de coisa colorida e feia produzida nos anos 80. Nessa página do A-ha você pode ver partes dos clipes de 1985 até 2005, ou seja, 20 anos de evolução da banda e é horripilante como a qualidade e o senso estético se aprimoraram de lá pra cá. Na verdade não sei se aprimorou ou apenas ressucitou das trevas, só sei que muitos dizem que os anos 80 foi a década negra, perdida, mas isso é um assunto pra outro post, ou não. Talvez vocês encontrem melhores informações no sítio do Hans Donner. Ele deve sacar mais dessa época, pois ao contrário dele eu só fui nascer em 84.=D

sexta-feira, setembro 15, 2006

Mr. CityMen


Há, engraçado. No post anterior eu falei sobre desenhos cute e o antipenúltimo eu falei sobre a 1st Ave Machine que é um estúdio com técnicas de vfx hiperealistas. Aí navegando, cá me deparo com Mr.CityMen, um grupo de personagens cute com suas peculiaridades vivendo na cidade. Muito bom.

Obs.: Meus questionamentos de como diabos é possível essa aplicação tão realista tanto de sombra e iluminação quanto de movimento de câmera continuam em aberto.

segunda-feira, setembro 11, 2006

Cute - Illustration, motion e toys


Eu amo desenhos cute então esse post será um apanhado de links de ilustradores, animadores e designers que me deixam babando, mas pra começar, o que é uma ilustração cute? Pra mim são desenhos com poucos traços e super estilizados, na maioria das vezes sem texturas ou com texturas leves, assim como as sombras também costumam ser suaves, algo bem longe dos desenhos hiperealistas. Pode ser em 2D, 3D, colagem, massinha ou o que for, na verdade o que determina o cute acredito que não é a técnica e sim os tipos de traço. Claro que tudo isso é uma classificação extremamente subjetiva, mas acredito que é consenso a característica do cute qualquer desenho ou objeto que você bata o olho e acha fofinho, engraçadinho. O cute também não é ligado a um estilo podendo ir do retrô ao futurista.

(Dica: Pra saber se é cute ou não o lance é você olhar o desenho e caso diga “ô-mô-Deus!”, pá pum, é cute. =)

Abaixo vou colocar uma lista de vários sites com desenhos e objetos nesse estilo. Com certeza TODOS são recomendados.

Ilustrações

Toyz Machine
Rex Box
Tim Biskup
Byjerome
Big Plastic Factory
Dric
Crew11
We Are Aiko
Punga
Mioko
El señor Juanito
Vida Besta


Motion

Toyz Machine
Rex Box
Byjerome

Big Plastic Factory
We Are Aiko
Punga
Mioko


Toys

Toyz Machine
Tim Biskup
Chingad
Fly Cat Toys
Toy2r
Tosco Toys
Estate

Neth Creatures
Future Plastik
Tokyo Plastic

=D

terça-feira, setembro 05, 2006

One Size - Reel 2006


O que torna um reel legal além, obviamente, da qualidade dos trabalhos expostos? (Pra quem não sabe, reel é um conjunto de trechos de vídeos agrupados numa única composição para expor o trabalho de motion de um determinado artista ou de uma agência).

Pensando um pouco sobre isso após ver esse reel de 2006 do One Size, cheguei a algumas conclusões. A primeira delas é em relação ao ritmo. Diferentemente de alguns reels que são apenas um monte de trechos dos vídeos amontoados com um som genérico esse tem início meio e fim. Ele tem clima, tem evolução. Outro ponto, tão importante quanto o primeiro é o som. Tanto a trilha principal quanto os sons de elementos são muito bem feitos e pertinentes. Cria-se uma atmosfera na apresentação, parece realmente um filme com seqüência. Quando o som casa com as imagens temos uma maior sensação de integração, voltando a reforçar a questão da experiência, mesmo está sendo passiva, ou seja, quem vê é espectador e não usuário. Já ao contrário, quando ele é apenas uma trilha genérica sem se preocupar com a fluidez da animação isso provoca certo desconforto, fica claro que são duas coisas distintas acontecendo ao mesmo tempo ao invés de duas coisas convergindo e trabalhando juntas.

Agora o questionamento é, qual é a importância disso? Qual o interesse em saber como fazer um bom reel? Na verdade o que se tem a aprender e comprovar com essas constatações é uma lição um pouco mais profunda que apenas a construção de um bom reel. Essa lição envolve ritmo, consistência e experiência, questões que presumo sejam de grande importância pra todos aspirantes a motion designers. Isso mostra a habilidade e o cuidado que alguns estúdios e profissionais têm em se preocupar com essas questões na hora de expor o conjunto das suas obras e não apenas ter esse tipo de cuidado na hora da execução do trabalho do cliente. Isso mostra que pra alguns isso é filosofia e está intrínseco na forma de trabalhar, ou seja, é natural e necessária essa atenção seja em qual trabalho for.